17 outubro, 2009

Escultura do Helenismo

Representa uma das mais importantes expressões artísticas da cultura helenística, e o estágio final da evolução da tradição grega de escultura na Antiguidade. A definição de sua vigência cronológica, bem como de suas características e significado, têm sido objecto de muita discussão entre os historiadores de arte, e parece que um consenso está longe de ser alcançado. Usualmente se considera o período helenístico compreendendo o intervalo entre a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e a conquista do Egipto pelos romanos em 30 a.C. Suas características genéricas se definem pelo ecletismo, secularismo e historicismo, tomando como base a herança da escultura grega clássica e assimilando influências orientais.



Entre suas contribuições originais à tradição grega de escultura estão o desenvolvimento de novas técnicas, o aperfeiçoamento de representações da anatomia e da expressão emocional humana, e uma mudança nos objectivos e abordagens da arte, abandonando-se o genérico pelo específico. Isso se traduziu no abandono do idealismo clássico de carácter ético e pedagógico em troca da enfatização dos aspectos humanos colidíamos e do dimensionamento da produção para fins puramente estéticos e, ocasionalmente, propagandísticos.


A atenção dada ao homem e em sua vida interior, suas emoções, seus problemas e anseios comuns, resultou num estilo realista que tendia a reforçar o drama, o prosaico e o movimento, e com isso aparecendo os primeiros retratos individualizados e verosimilhantes da arte ocidental. Ao mesmo tempo, ocorre uma grande ampliação da temática, com a inclusão de representações da velhice e da infância, de idades menores não olímpicas e personagens secundários da mitologia grega, e de figuras do povo em suas actividades diárias.


O Ecletismo é uma tipologia da arquitectura desenvolvida durante a segunda metade do século XIX. Em termos internacionais assiste-se actualmente a uma certa separação entre o Romantismo e o Ecletismo. Este, apesar de ser historicista, já não é uma verdadeira viragem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitectos em relação aos revivalismos. É a arquitectura ensinada nas escolas de belas artes, recebendo em certos países a denominação “baux-arts”, de certo modo perdida na convicção de que o estilo é mais importante que a técnica.


O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos. Os arquitectos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassadas, mas agarradas a concepções vindas do Renascimento, executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os engenheiros.

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