15 fevereiro, 2010

Maneirismo - Modulo 4

Maneirismo foi um estilo e um movimento artístico europeu de retoma de certas expressões da cultura medieval que, aproximadamente os anos de entre 1515 e 1610, constituíram manifestação contra os valores clássicos prestigiados pelo humanismo renascentista.
Caracterizou-se pela concentração na maneira.
O estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e os pontos de vista inusitados.
As primeiras manifestações anti clássicas dentro do espírito clássico renascentista costumam ser chamadas de maneiristas. O termo surge da expressão a maniera de, usada para se referir a artistas que faziam questão de imprimir certas marcas individuais em suas obras.


Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica. Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.
O maneirismo é uma consequência de um renascimento clássico que entra em decadência ou transição do renascimento ao barroco.
As principais fontes de inspiração foi o espírito religioso reinante na Europa.
Os elementos do renascimento criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais tarde esta arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades europeias.

Arquitectura:

A arquitectura maneirista dá prioridade às construções de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. Distribuição da luz e na decoração.
Genericamente, a arquitectura do exterior apresenta sobriedade, contrapondo-se a um interior extravagante decorado com azulejos, talha dourada em escultóricos altares, no caso das igrejas, nos palácios por baixelas, faianças porcelanas e mobiliário.
Nos ricos palácios e casas de campo:

- Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.
- A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.
Nas igrejas:

-.Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo.
-Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.
Pintura:

-É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da
segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte.

Estilo Manuelino - Modulo 4


•O Estilo manuelino, por vezes também chamado de gótico português tardio ou flamejante, é um estilo arquitectónico, e de arte móvel que se desenvolveu no reinado de D. Manuel I e prosseguiu após a sua morte, ainda que já existisse desde o reinado de D. João II. É uma variação portuguesa do Gótico final, marcada por uma sistematização de motivos iconográficos próprios, de grande porte, simbolizando o poder régio. Incorporou, mais tarde, ornamentações do Renascimento italiano. O termo "Manuelino" foi criado por Francisco Adolfo Varnhagen. O Estilo desenvolveu-se numa época propícia da economia portuguesa e deixou marcas em todo o território nacional.


Arquitectura:


Ausência de transepto e cabeceiras rectangulares são as principais características diferenciais. Apesar de ser essencialmente ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de determinadas fórmulas técnicas da altura.
Na componente civil destacam-se os palácios, como o Paço de D. Manuel, em Évora, e solares rurais, como o Solar de Sempre Noiva, em Arraiolos, todos de planta rectangular. E na tipologia militar é referência maior o baluarte do Restelo, a Torre de Belém. Um dos primeiros baluartes de artilharia do país, a quebrar a tradição das torres de menagem, a sua planta rectangular sobrepõe-se a uma base poliédrica, que penetram Tejo adentro. A rectangularidade da planta opõe-se à curvilínea da decoração esculpida.


Escultura:

•A escultura que o manuelino revela o seu maior amadurecimento e hegemonia, sendo que é através da simbologia decoração esculpida que é reconhecido como estilo próprio nacional, e não uma aliteração de outros estilos europeus.
•O estilo Manuelino não mascara a estrutura dos edifícios ao mantê-los livres de ornamentação desnecessária: as paredes exteriores ou interiores são geralmente nuas, concentrando-se a decoração em determinados elementos estruturais, como janelas, portais, arcos de triunfo, tectos, abóbadas, pilares e colunas, arcos, nervuras, frisos, cornijas, óculos e contrafortes, além de túmulos, fontes, cruzeiros.
•O estilo manuelino tem a sua fase de maior amadurecimento a partir da segunda década de reinado de D. Manuel. Os escultores e arquitectos de Portugal definiram, neste contexto, um estilo de uma originalidade vigorosa que ainda hoje causa espanto entre todo o património artístico português. Os motivos ornamentais que caracterizam esta tendência são de uma riqueza impressionante e, ao contrário do que se tornou vulgar dizer, não é caracterizada apenas pelos motivos marítimos, inspirados na Era das Descobertas, mas por um conjunto de símbolos de ordem diversa onde, eventualmente, se encontram elementos do género. A ideia de que os motivos ornamentais se ligavam ao mar deve-se a Edgar Quinet, em 1857, e tornou-se um lugar-comum.

Gotico em Portugal - Modulo 4

Arquitectura:

Características gerais:
Verticalismo dos edifícios substitui o horizontalismo do Românico;
•Paredes mais leves e finas;
Contrafortes em menor número;
•Janelas predominantes;
•Torres ornadas por rosáceas;
•Utilização do arco de volta quebrada;
•Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
•Nas torres os telhados são em forma de pirâmide.

Escultura

•A escultura gótica surge interiormente associada à arquitectura das catedrais. No exterior do edifício são sobretudo as fachadas, nomeadamente os portais, à medida que se vão tornando mais complexas, tabernáculos dos arcobotantes vão servir de suporte para a decoração das esculturas. A escultura gótica pode ser agrupada em quatro tipologias. Sendo a primeira as Estatuas-coluna, aplicada nas ombreiras do portal conferindo uma dimensão vertical ao pórtico, mas que progressivamente se dá autonomia em relação ao seu suporte arquitectónico. O segundo elemento é o relevo escultórico, sobretudo no tímpano do portal. O terceiro, considera-se a escultura de vulto redondo, em especial estatuária de devoção, resultante da evolução das estátuas-coluna. O quarto item da tipologia é a escultura funerária, ou seja, arcas tumulares e estátuas jacentes.