17 outubro, 2009

Arquitectura historicista

É um nome dado a um conjunto de estilos arquitectónicos que centrava seus esforços em recuperar e recriar a arquitectura dos tempos passados. As tendências revivalistas na arquitectura surgiram na Europa no século XVIII, atingiram seu auge no século XIX e chegaram até meados do século XX.




Dependendo da época e arquitecto, a arquitectura historicista foi mais ou menos fiel aos modelos do passado. Alguns arquitectos tentavam reproduzir fielmente os modelos antigos, enquanto outros foram menos estritos.


O revivalismo foi muito associado à arquitectura ecléctica, sendo muitas vezes arbitrário definir se uma obra pertence a um ou outro estilo. O ecletismo arquitectónico dedicava-se a misturar estilos antigos sem a rigorosidade da arquitectura revivalista propriamente dita. Apesar de usar formas do passado, tanto a arquitectura historicista como a eclética fizeram uso de técnicas modernas como as estruturas de ferro e, mais modernamente, de cimento e concreto (betão).

Escultura do Helenismo

Representa uma das mais importantes expressões artísticas da cultura helenística, e o estágio final da evolução da tradição grega de escultura na Antiguidade. A definição de sua vigência cronológica, bem como de suas características e significado, têm sido objecto de muita discussão entre os historiadores de arte, e parece que um consenso está longe de ser alcançado. Usualmente se considera o período helenístico compreendendo o intervalo entre a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e a conquista do Egipto pelos romanos em 30 a.C. Suas características genéricas se definem pelo ecletismo, secularismo e historicismo, tomando como base a herança da escultura grega clássica e assimilando influências orientais.



Entre suas contribuições originais à tradição grega de escultura estão o desenvolvimento de novas técnicas, o aperfeiçoamento de representações da anatomia e da expressão emocional humana, e uma mudança nos objectivos e abordagens da arte, abandonando-se o genérico pelo específico. Isso se traduziu no abandono do idealismo clássico de carácter ético e pedagógico em troca da enfatização dos aspectos humanos colidíamos e do dimensionamento da produção para fins puramente estéticos e, ocasionalmente, propagandísticos.


A atenção dada ao homem e em sua vida interior, suas emoções, seus problemas e anseios comuns, resultou num estilo realista que tendia a reforçar o drama, o prosaico e o movimento, e com isso aparecendo os primeiros retratos individualizados e verosimilhantes da arte ocidental. Ao mesmo tempo, ocorre uma grande ampliação da temática, com a inclusão de representações da velhice e da infância, de idades menores não olímpicas e personagens secundários da mitologia grega, e de figuras do povo em suas actividades diárias.


O Ecletismo é uma tipologia da arquitectura desenvolvida durante a segunda metade do século XIX. Em termos internacionais assiste-se actualmente a uma certa separação entre o Romantismo e o Ecletismo. Este, apesar de ser historicista, já não é uma verdadeira viragem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitectos em relação aos revivalismos. É a arquitectura ensinada nas escolas de belas artes, recebendo em certos países a denominação “baux-arts”, de certo modo perdida na convicção de que o estilo é mais importante que a técnica.


O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos. Os arquitectos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassadas, mas agarradas a concepções vindas do Renascimento, executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os engenheiros.

Guerra do Peloponeso

A guerra do Peloponeso foi um conflito armado entre Atenas e Esparta. De 431 a 404 a.C. Sua história foi detalhadamente registada por Tucídides e Xenofonte. De acordo com Tucídides, a razão fundamental da guerra foi o crescimento do poder ateniense e o temor que o mesmo despertava entre os espartanos. A cidade de Corinto foi especialmente actuante, pressionando Esparta a fim de que esta declarasse guerra contra Atenas.

Democracia

Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, directa ou indirectamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.

Estilo Clássico

Uma rápida evolução na técnica e no estilo leva ao classicismo grego (c. 450-323 a.C.), período em que se realizam as mais importantes e seminais conquistas no terreno do naturalismo, ao mesmo tempo em que perduram uma série de convenções estritas a respeito de proporções e ordem, dando origem a uma síntese sem paralelos no mundo antigo e que até hoje permanece uma referência vital para a arte e cultura de grande parte do mundo primeiro grande centro produtor do classicismo é Atenas, acompanhando sua hegemonia e esplendor, construindo uma sociedade democrática - para os padrões da época - e que prezava a liberdade individual, favorecendo uma arte mundana.




O interesse gradualmente se desloca do geral para o particular, do simples para o exuberante, e a representação anatómica chega a um estágio de grande verosimilhança, com maior estudo da musculatura do tronco e membros em detrimento da face, que perde em expressividade embora ganhe em semelhança e detalhe, surgindo os primeiros retratos.


Os panejamentos e mantos das vestes recebem atenção especial e adquirem variedade como complementos formais importantes para a figura humana, as posições são muito variadas, e as esculturas abandonam definitivamente a frontalidade para receberem acabamento por igual em todas as suas partes, de forma a poderem ser apreciadas de todos os ângulos.


Também começam a ser registadas as actividades de artistas que formariam importantes escolas e estabeleceriam padrões de proporções ainda empregados actualmente. O primeiro autor notável, vencendo definitivamente a rigidez reminiscente do período Arcaico, foi Míron, criador do célebre Discóbolo, onde as tensões do movimento são exploradas com maestria e realismo. A seguir vem Fídias, que levou a estatuária grega ao seu primeiro momento de real esplendor.


Foi autor de estátuas colossais como o Zeus de Olímpia e a Atena Parthenos, imagens dotadas de grande majestade, das quais hoje subsistem infelizmente apenas cópias menores ou descrições. Mais dinâmicas são as esculturas do “pedimento” do Partenon. Outras obras atribuídas a ele ou à sua escola são o Apolo de Kassel e a Atena Lemnia. Dentre seus seguidores estão Alcamenes e Kresilas. Contemporâneo de Fídias foi Policleto, de fama igualmente vasta, criador de um cânone de proporções ideais do corpo humano que encontrou expressão magnífica em obras como o Doríforo, o Discóforo e o Diadúmeno.


Atenas caiu em 404 a.C., no fim da Guerra do Peloponeso, e conseguiu contudo preservar sua influência cultural por mais algum tempo, mas instaura-se uma certa confusão política na Grécia e novos valores são introduzidos na sociedade, e o ideal aristocrático de vida e educação é posto em xeque pela burguesia que vinha enriquecendo mas era bem menos culta e baseava seu julgamento em critérios antes de tudo emocionais e estéticos. Assim prolifera uma arte que privilegia aspectos puramente plásticos e sensoriais, o retrato se populariza e a dissolução de diversos tabus possibilita a abordagem de temas antes vedados, como o nu feminino. O cidadão, enfim, assume a dianteira em relação ao Estado como o principal patrocinador da arte.


Reflexo destas mudanças, que em arte definem o chamado baixo classicismo, ou classicismo tardio, é) o deslocamento dos deuses mais antigos e austeros, como Hera e Atena, em favor dos olímpicos jovens e dinâmicos, como Apolo, Ártemis e Afrodite.


Eufranor adaptou o cânone de Policleto e representa a evolução da escultura grega em direcção a uma escola mais realista, sensual e delicada, de cariz mais humano e menos augusto e idealizaste, que teria grandes expoentes em Praxiteles, Lísipo e Escopas já no século IV a.C., e que apontariam o caminho para o desenvolvimento do estágio helenizante a seguir. Praxiteles, o mais famoso deles, foi o primeiro a introduzir o nu feminino em escala natural com a sua Afrodite de Cnido (uma das mais famosas criações de Praxiteles, uma das criações mais influentes e celebradas do classicismo grego, definindo um cânone de proporções para a figura feminina Hermes com o infante Dionísio e o Apolo Sauróctono são outras de suas obras conhecidas.

Estilo Severo

Como transição entre o Período Arcaico e o Período Clássico está a fase conhecida como Período Severo (c.500-450 a.C.) justamente pelo seu repúdio ao decorativismo.



A fundação de vários templos, favorecendo a aplicação dos novos conhecimentos anatómicos na estatuária pedimental e nos relevos, e mais a ascensão da burguesia urbana, a secularização dos costumes e a introdução da democracia em Atenas, levaram ao fim a cultura aristocrática epitomizada pelos kouroi, com um resultado visível na mudança importante no estilo e na função da estatuária, que abandona a uniformidade dos kouroi votivos para representar também os atletas vencedores dos Jogos, os líderes políticos e generais, e as várias divindades.


A arte é revolucionada com a introdução de concepções novas, que a libertam de seu utilitarismo e lhe conferem certa autonomia. Com uma civilização já em pleno florescimento, os gregos já se sentiam mais seguros e livres da pressão imediata da luta pela vida e se aprofundam na filosofia. Hauser afirma que nesta fase "o conhecimento prático dá lugar ao exame livre, meios de dominar a natureza passam a ser métodos de descobrir a verdade abstracta. Em linhas gerais esta fase se caracteriza por um progressivo incremento no dinamismo das figuras, os braços ganham em liberdade, o torso se flexibiliza e há maior detalhe e suavização da anatomia.


O modelado da cabeça se harmoniza com o do corpo, os detalhes são reduzidos a um mínimo com ênfase nos traços anatómicos principais, o sorriso arcaico tende a ser substituído por uma expressão séria e distante, e aparecem representações mais verosímeis da velhice, embora ainda exista grande idealismo nas formas. Nesta fase é formulado o chamado perfil grego, unindo a testa e o nariz em uma linha rectilínea, e o bronze começa a se tornar um material de uso frequente.


Indicativo dos progressos do período é o Efebo de Kritios, dos primeiros exemplos a mostrar uma sugestão do contraposto, um movimento nas ancas que surge quando a figura se apoia em uma das pernas enquanto a outra se encontra em repouso. O mesmo desenvolvimento formal se nota nos relevos, com crescente complexidade das cenas e das formas anatómicas. Exemplo superior desta época é o conjunto escultórico do templo de Zeus em Olímpia, realizado por um artista desconhecido chamado Mestre de Olímpia e seus auxiliares.

A Escultura Arcaica

A escultura arcaica representa os primeiros estágios de formação de uma tradição escultórica que se tornou uma das mais significativas em toda história desta arte no ocidente. O período Arcaico da Grécia Antiga é mal delimitado, há grande controvérsia entre os estudiosos do assunto.



Neste período são lançadas as bases para o surgimento da escultura autónoma de grandes dimensões e da escultura monumental de decoração de edifícios. Essa evolução dependeu em suas origens da influência oriental e egípcia, mas logo adquiriu um carácter peculiar e original.


Durante muito tempo considerado uma mera introdução para o Classicismo, hoje o período Arcaico é visto como um momento de intensa actividade intelectual, política e artística, onde foram feitas conquistas decisivas para a consolidação da cultura grega. A escultura que o representa possui grandes méritos próprios, sendo portador de significados específicos e fundamentais para a sociedade onde nasceu entre o desenvolvimento de formas únicas.


A escultura do período Arcaico em suas etapas finais alcançou elevados patamares de qualidade estética e complexidade formal, com a figura humana em situação privilegiada e as figuras de monstros mitológicos que se tornavam mais raras. Nos animais é privilegiado o cavalo, em menor grau o leão e a esfinge. Também surgem os primeiros exemplos de escultura artística em edifícios.

O Homem em todas as suas dimensões

A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem campo de investigação extremamente vasto: o Antropologia Física e a Antropologia Cultural, que se centra no desejo do Homem de conhecer a sua origem, a capacidade que ele tem de conhecer-se.



Antropologia é a ciência preocupada em estudar o homem e a Humanidade de varias maneiras, ou seja, abrangendo em todas as suas dimensões.


Pode-se afirmar que há poucas décadas a Antropologia conquistou o seu lugar entre a Ciência.


Foi considerada como a história natural a física do homem e do seu processo evolucionário, no espaço de tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal das palavras, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa limitou os estudos Antropológicos por um largo tempo, tratando das suas ideias do homem fóssil e do homem vivo.

A escultura Grega

Escultura da Grécia antiga é uma expressão de significado vasto, que a rigor poderia ser empregada para designar a produção da escultura desde a Pré-história até a Idade Média, mas que usualmente se refere às obras criadas na Grécia entre o Período Dedálico (c.650-600 a.C.), quando a arte grega começou a formar um estilo próprio.


A escultura é uma das mais importantes expressões artísticas da cultura grega. Exerceu definitiva influência sobre a arte romana, determinou uma grande variedade das culturas do norte da África, do Oriente Próximo e Oriente Médio, penetrando até a Índia durante a época de Alexandre o Grande.



Os primeiros escultores gregos fizeram trabalhos simples, mas aprenderam aos poucos a fazer figuras realistas, um estilo que foi copiado até o fim do século XIX. Havendo três períodos na escultura grega: a escultura arcaica, a clássica e a helenística. Com os fenícios e outros povos do Oriente, os gregos aprenderam a fazer figuras de argila com moldes. Neste período arcaico desenvolveram um estilo rígido. Entalharam muitas figuras de homens nus, em pé, representavam servidores no templo de Deuses, estas figuras chamavam-se Curos, começando neste período a escultura de retratos.