13 janeiro, 2010

Umberto Eco - Modulo 3




Nascimento:
5 De Janeiro de 1932Alexandria
Itália

Nacionalidade:
Italiana

Ocupação:
Filósofo, Escritor, Linguista






Umberto Eco é titular da cadeira de Semiótica e director da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha. Eco é, ainda, notório escritor de romances, entre os quais O nome da rosa e O pêndulo de Foucault.



Biografia


Umberto Eco começou a sua carreira como filósofo sob a orientação de Luigi Pareyson, na Itália. Seus primeiros trabalhos dedicaram-se ao estudo da estética medieval, sobretudo aos textos de Santo Tomás de Aquino. A ideia principal defendida por Eco, nesses trabalhos, diz respeito à ideia de que esse grande filósofo e teólogo medieval, que, como os demais de seu tempo, é acusado de não empreender uma reflexão estética, tratando, de um modo particular, da problemática do belo.
A partir da década de 1960, Eco se lança ao estudo das relações existentes entre a poética contemporânea e a pluralidade de significados. Seu principal estudo, foi a Obra Aberta (1962), que se fundamenta um conceito de obra aberta, segundo o qual uma obra de arte amplia o universo semântico provável.
Ainda na década de 1960, Eco notabilizou-se pelos seus estudos acerca da cultura de massa.
A partir da década de 1970, Eco passa a tratar quase que exclusivamente da semiótica. Eco descobriu o termo "Semiótica" nos parágrafos finais do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1690), de John Locke. Ao longo da década, e atravessando a década de 1980, Eco escreve importantes textos nos quais procura definir os limites da pesquisa semiótica, bem como fornecer uma nova compreensão da disciplina, segundo pressupostos buscados em filósofos como Kant e Peirce.
Nesses textos, As formas do conteúdo (1971), Tratado geral de semiótica (1975), Eco sustenta que o código que nos serve de base para criar e interpretar as mais diversas mensagens de qualquer código (a literatura, o código do trânsito, as artes plásticas etc.). Dessa forma, o Modelo Q (de Quillian) dispõe das unidades mínimas de sentido, segundo uma lógica organizativa que, de certo modo, depende de uma pragmática. A sua noção de signo como enciclopédia é oriunda dessa concepção.
Como consequência de seu interesse pela semiótica e em decorrência do seu anterior interesse pela estética. Eco, a partir de então, orienta seus trabalhos para o tema da cooperação interpretativa dos textos por parte dos leitores. Lector in fabula (1979) e Os limites da interpretação (1990) são marcos dessa produção, que tem como principal característica sustentar a ideia de que os textos são máquinas preguiçosas que necessitam a todo o momento da cooperação dos leitores.
Dessa forma, Eco procura compreender quais são os aspectos mais relevantes que actuam durante a actividade interpretativa dos leitores, observando os mecanismos que engendram a cooperação interpretativa, ou seja, o "preenchimento" de sentido que o leitor faz do texto, procurando, ao mesmo tempo, definir os limites interpretativos a serem respeitados e os horizontes de expectativas gerados pelo próprio texto, em confronto com o contexto em que se insere o leitor.
Além dessa carreira universitária, Eco ainda escreveu cinco romances, aclamados pela crítica e que o colocaram numa posição de destaque no cenário académico e literário, uma vez que é um dos poucos autores que conciliam o trabalho teórico-prático com produções artísticas, exercendo influência considerável nos dois âmbitos.

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